Sua distribuição ocorre nas Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins. Amplamente introduzido na Bacia do Prata, principalmente no Alto-Paraná e açudes no Nordeste do Brasil. Já é encontrado em alguns lagos na região do Pantanal. Durante a época da seca, habita principalmente as lagoas marginais, partindo para a mata inundada (igapó) durante as cheias. Na ausência de lagos, o Tucunaré abriga-se em remansos, pois não são apreciadores de águas de forte correnteza
Quinze espécies de tucunaré são conhecidas somente na Amazônia. O tucunaré-amarelo (Cichla ocellaris) pode chegar a um metro, mas o tamanho médio varia entre 30 a 50 centímetros e o peso entre seis e oito quilos, especialmente nas áreas onde ele foi introduzido.
Os tucunarés são os peixes esportivos brasileiros mais representativos da extensa família dos Ciclídeos. A diversidade de cores e padrões de listras é grande: do vermelho ao esverdeado, do amarelo ao azulado, com faixas e pintas de variados padrões. Mas todos têm em comum o formato característico do corpo (alongado), com a cabeça grande e a mandíbula protuberante.
Outra característica é a mancha arredondada perto da cauda, conhecida como ocelo. O tucunaré-amarelo tem de três barras transversais de coloração preta e, o corpo, é de um amarelo esverdeado. As nadadeiras dessa espécie são amareladas (daí o nome). São muito procurados pelos pescadores esportivos, especialmente nas represas e açudes onde foi introduzido.
O nome do gênero, Cichla, tem origem na palavra kichla, que os gregos antigos usavam para denominar diversos peixes. Em 1801, quando Cichla foi descrito, muitas espécies de várias partes do mundo (incluindo um tucunaré), foram incluídas neste gênero. Com o passar dos anos e aumento dos estudos, muitas mudanças taxonômicas ocorreram, e hoje apenas os tucunarés são chamados de Cichla. O nome específico kelberi, por sua vez, é uma homenagem a Dielter Kelber, pessoa influente na promoção da pesca esportiva dos tucunarés.
Predador por excelência, são as únicas espécies de peixes da Amazônia que perseguem a presa, ou seja, após iniciar o ataque, dificilmente desistem até conseguir capturá-las. Quase todos os outros peixes predadores desistem após a primeira ou segunda tentativa mal sucedida. Considerado símbolo da pesca esportiva no Brasil, possui tamanha voracidade que é capaz de atacar anzóis mesmo sem isca.
Nas lagoas, durante o início da manhã e final do dia, quando a água já está mais fria, os tucunarés costumam se alimentar próximo às margens. Quando a água esquenta, passam para o centro das lagoas. Alimentam-se principalmente de peixes, camarões e insetos. Muitas vezes se juntam, fecham um pequeno cardume de presas, e os encurralam na beirada do rio. É um peixe voraz, que ocupa os níveis superiores das cadeias alimentares dos rios.
Também conhecido como Tucunaré-pitanga e Tucunaré-popoca. Vivem em grupos, em fase juvenil vivem em numeroso cardume e a medida que vão atingindo a maturidade sexual o número do cardume diminui consideravelmente para cerca de 20 a 30 espécimes. Adultos em fase de acasalamento ou não, nadam sozinhos ou em pares.
Avaliações
Não há avaliações ainda.